segunda-feira, 27 de junho de 2011

Primeira turma de mandarim na FGV

No dia 17 de maio de 2011, terça-feira, começou a primeira turma do curso de mandarim na FGV. O curso é realizado através do Projeto de Cursos de Idiomas da Diretoria Internacional, DINT/FGV, e em parceria com OiChina.

As aulas são ministradas pela professora Liou, diretora do OiChina, e Relações Internacionais oficial do Governo da China por mais de dez anos.

A primeira turma de mandarim é composta por alunos de graduação, professores e funcionários da FGV. Segundo o aluno Murillo Dias, que é professor do FGV Management e coordenador do MBA Global Premium e aluno, “o mandarim deve ser realmente considerado como o idioma do futuro”, disse.

O projeto é coordenado por Fabiana Mayrinck, assistente internacional da DINT, e tem como objetivo promover a capacitação dos alunos, professores e funcionários da FGV no aprendizado de um novo idioma. Também existem parcerias para o ensino de espanhol, português para estrangeiros e alemão.

O curso foi aberto por Luiz Estevam Lopes Gonçalves, gerente de Operações Internacionais da DINT. Ronnie Lins de Almeida, coordenador da FGV Projetos e aluno do OiChina, afirma que o idioma nem é tão difícil assim. No entanto, “é necessário ter foco e dedicação”, comenta.
As aulas de mandarim acontecem às terças-feiras, das 13h30min às 15h30min, na sede Botafogo.




Vagas para corretores que falem mandarim

Executivos de multinacionais que se encontram no Brasil a trabalho e investidores estrangeiros estão provocando um verdadeiro boom de compra de imóveis no país, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo.

O mercado está para gringo

Eles não falam português, mas entendem muito bem a linguagem dos cifrões, milhões e polpudos percentuais de retorno. Cada vez mais estrangeiros vêm investindo no setor de imóveis brasileiro, atraídos pela forte expansão da economia. O volume de negociações nas imobiliárias disparou. Especializada em imóveis de alto luxo, a Judice & Araujo (J&A) fechou R$25 milhões em vendas no Estado do Rio para clientes internacionais de janeiro a maio, alta de 150% sobre igual período de 2010.

O perfil é variado, e a moeda é o milhão: executivos que vêm morar no país a trabalho; residentes no exterior que passam poucos meses aqui e alugam os imóveis no resto do ano; e interessados em ganhar com a rentabilidade do aluguel ou revender as propriedades.


Segundo Michael Bamberg, presidente da Bamberg Imóveis, no Brasil a taxa de retorno média é de 12% ao ano, o dobro da Alemanha. Outro fator de atração é o preço ainda relativamente mais baixo, se comparado ao de outros países no mundo.

- Em Londres, um apartamento de classe média custa 15 mil o metro quadrado. Isso é mais que qualquer coisa no Brasil - diz João Crestana, presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).

Vagas para corretores que falem mandarim

Luigi Martins, diretor da Lopes Rio, avalia que o interesse dos estrangeiros pelo mercado imobiliário carioca foi impulsionado por notícias positivas nos últimos dois anos: UPPs, Copa 2014, Jogos 2016, pré-sal e os grandes investimentos governamentais conquistados a reboque.

Diante da procura, imobiliárias criaram setores específicos para atender aos estrangeiros e procuram contratar funcionários que, além do inglês, falem até mandarim. É o caso da Lopes Rio, onde o volume de chineses que batem à sua porta é crescente, reflexo da vinda de empresas como ZTE e Sinopec para terras cariocas. Na empresa, cada vez mais o atendimento on-line dá preferência a corretores que falem ao menos inglês ou espanhol.

Na J&A, ao todo 26 mil estrangeiros acessaram o site da empresa em busca de informações nos cinco primeiros meses do ano, a maioria franceses, americanos e ingleses. Nos últimos oito meses a China entrou no ranking dos cinco países que mais acessam a página. A participação desse púbico dobrou de 15% para 30% nos negócios da J&A, afiliada exclusiva da Christie"s Real State International no mercado fluminense desde 2007.

- Esse movimento já acontecia em 2007 e 2008, mas foi interrompido pela crise mundial. Agora voltou para ficar pelos próximos anos - avalia Frederico Judice Araujo, diretor de projetos da empresa.

Na Itaplan, o volume de vendas para estrangeiros neste ano deve chegar a R$150 milhões, o que representará um crescimento de 32% em relação a 2010. Esse valor sobe para R$300 milhões, se forem levados em conta os investimentos em incorporações e empreendimentos imobiliários, diz Fábio Rossi, diretor da Itaplan Imóveis e representante da Sotheby"s no Brasil.

O presidente do Conselho de Administração da Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil (Adit Brasil), Felipe Cavalcanti, diz que, após a crise, os estrangeiros no país passaram a ser mais direcionados para Rio e São Paulo, nos segmentos comerciais e industriais. Antes, afirma, o Nordeste concentrava a maior parte do capital estrangeiro no setor imobiliário, com a aquisição da segunda residência de europeus.



Fonte: Jornal O Globo dia 25/06/2011